'Risco de morte' ou 'risco de vida'?
Para muitos profissionais da Língua Portuguesa, o termo risco de morte (risco de morrer) é sinônimo de risco de vida (= risco de perder a vida). Para outros, porém, a expressão correta é risco de morte apenas, por entenderem que risco de vida, por exemplo, traz a ideia de um morto que corre o risco de viver, como supracitado. Nesse caso, risco de morte e risco de vida seriam expressões antônimas.
Apesar de especialistas no assunto não chegarem a um consenso quanto às expressões abordadas neste texto, é bom salientar que é correto usar tanto uma expressão quanto a outra. Escrever ou falar risco de morte é a mesma coisa que escrever ou falar risco de [perder a] vida.
Exemplo:
Alberto correu risco de morte, em um gravíssimo acidente na avenida Paulista, quando o carro que dirigia colidiu-se de frente com um caminhão. (Se substituir risco de morte por risco de vida, a mensagem não sofrerá alteração de sentido, haja vista as duas expressões terem o mesmo sentido.)
Eu, particularmente, quando pretendo fazer uma referência a uma ameaça ou perigo de morte, uso preferencialmente o termo risco de morte, mesmo sabendo que risco de vida também é correto. O problema é que quando se usa a expressão risco de vida, a ambiguidade aparece, porque enquanto uns entendem que tal expressão equivale a risco de perder a vida, outros tendem a pensar que significa risco de viver (voltar à vida, no caso de um morto, por exemplo).
Sobre qual forma usar, penso que a decisão é sua. Use a [que achar] mais adequada.
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