'Não diga a Deus o tamanho do seu problema...'


"Não diga a Deus o tamanho do seu problema. Diga ao problema o tamanho do seu Deus!". Já ouvi de muitos essa frase motivacional; embora, penso eu, não passa de um clichê que serve de justificativa para crentes que não gostam de orar. Os adeptos da Confissão Positiva também gostam de chavões assim, já que acreditam que as palavras têm poder. Aí tudo que falam acontece em um passe de mágica, na visão deles, é claro.

Apesar da frase em questão enfatizar a grandeza de Deus e de Este saber de antemão o que sofremos e o que, portanto, precisamos (Mt 6.8), nós, cristãos, devemos, sim, contar a Deus os nossos problemas, a nossa dor, as nossas angústias, as nossas mágoas etc. Isso chama-se oração (2Rs 20.2,3; Sl 86.6; Jr 33.3; Mt 21.22 etc.), um dos dois meios eficazes de comunicação entre a criatura e o seu Criador. (O outro meio eficaz de o homem comunicar-se com Deus é o estudo meditativo e sistemático da Bíblia.) Só Ele pode, de fato, resolver os nossos problemas! (Sobre a oração, ler também Daniel 9.)

Vale lembrar aqui um trecho do hino evangélico Porta de Amor, do consagrado compositor Paulo Silva e interpretado por Shirley Carvalhaes, que corrobora com essa curta reflexão: 

Conte pra Deus o seu problema,
Conte pra Deus a sua dor.
Conte pra Deus a sua vida,
Que Ele tem uma saída,
Uma Porta de Amor.

Como bons cristãos, principalmente quando formos pregar um sermão (ou escrevermos letras gospel, no caso de autores e autores-compositores), antes de fazermos uso de um adágio popular (ou uma frase de incentivo), devemos conferir se tal adágio (ou frase) concorda com as Sagradas Escrituras, a fim de estas não serem confrontadas.

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