A esperteza do gato
— Caro gato, tenho percebido que você tem habilidades impressionantes, como pular e saltar com facilidade. Vejo, inclusive, que essas técnicas servem para você se defender dos predadores, não é mesmo?
— Claro, dona onça! — respondeu, desconfiado, o gato.
— Pode me ensinar essas piruetas? — deseja aprender a onça.
Meio sem querer, mas em respeito à onça, que, aliás, era um felino maior que ele, o gato passou muitas técnicas de salto para ela, que, de imediato, tentou pegar o gato com um dos saltos que aprendera. Foi quando o gato deu um pulo e conseguiu se livrar da onça predadora.
— Mas esse pulo você não me ensinou!? — reclamou a onça.
— Eu não seria besta, lhe ensinando tudo, dona onça — respondeu o gato, caindo fora.
Moral da história
Não revele seu segredo para pessoas mal-intencionadas que fingem estar do seu lado, mas querem mesmo lhe apanhar em alguma falha, a fim de lhe decepcionar.
A Bíblia concorda
Sansão, nazireu de Deus, como juiz de Israel, livrou seu povo da opressão dos filisteus em seus dias. Mas uma personagem — Dalila — entrou na vida dele assim como a onça, na vida do gato da ilustração supracitada. A diferença é que o gato não revelou seu segredo — o bem mais precioso que tinha — à insistente onça. Quanto a Sansão, Dalila sutilmente conseguiu enganá-lo e, assim, descobrir o segredo dele (Jz 16.17), de modo que o juiz de Israel perdeu a força sobrenatural que recebera de Deus, exatamente por ter revelado o seu segredo a uma mulher pagã, interesseira e traidora. Por isso que o próprio Jesus, que de besta não tinha (nem tem) nada, pôde afirmar certa vez: "Sede prudentes [espertos] como as serpentes e símplices [inofensivos] como as pombas" (Mt 10.16b). E outra vez alerta a Palavra de Deus: "Sede sóbrios, vigiai, porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar" (1Pd 5.8).
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